Tenho os olhos presos em algures
um silêncio de pétalas cobre meus passos
e eu passo por entre roseiras
na esperança de passar a barreira deste espaço
Há um muro em redor dos nomes
um ar de vento passa por entre os cabelos
talvez tudo isto chegue às raízes
ou fique aí, mesmo contíguo à sombra
que é onde existe a matriz de todas as formas
E mesmo que as casas estejam vazias
e mesmo que os olhos se soltem de novo
tudo gira em redor de uma ideia
e é por ela que nos vamos
um dia qualquer, como visitantes ficamos
à espera que alguém apareça e nos olhe
por entre as pétalas ou as lajes.